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Arquitetos: JJ estudio
- Ano: 2023
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Fotografias:Amores Pictures
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para o Parque de San Juan, que nasce inspirado na composição pictórica e no Sharawadgi, propõe um percurso pelo limite: uma sucessão de ações em um novo traçado natural. O limite como o final do espaço urbano e o início das vistas para a serra de Madri. O ponto de partida é um estudo da preexistência, catalogando todos os elementos naturais e artificiais existentes no espaço verde, com o objetivo de preservar o entorno, revalorizar os recursos e economizar a proposta. Uma vez estudado o entorno, são introduzidos novos elementos arquitetônicos que dialogam em diferentes relações com os limites do parque e a preexistência, gerando ações em um percurso natural e perceptivo para o visitante. Cada uma dessas novas ações se nutre da relação com a natureza, a preexistência urbana e os novos elementos arquitetônicos. Essas ações não foram pensadas em planta, mas como uma sucessão de eventos e perspectivas que contribuem para a experiência.
Destacam-se três ações ao longo do percurso: ESCULPIR o terreno, REUTILIZAR a preexistência urbana e ROMPER o limite topográfico. ESCULPIR – Degrau: Habitar o mesmo limite, sentir-se sobre a borda. Um degrau é talhado no terreno, gerando um lugar de descanso e apreciação da natureza que, graças ao estudo da preexistência, se localiza em torno de vegetação perene. REUTILIZAR – Meios-fios reutilizados: O projeto propõe um novo traçado sob a proteção das árvores existentes. Constrói-se reutilizando os meios-fios de concreto que anteriormente compunham a borda de um caminho retilíneo e em desuso. Com esse gesto, naturalizamos a área do antigo caminho, economizamos, reduzimos o impacto ecológico e revitalizamos a área de intervenção. ROMPER – Passarela. Uma passarela metálica rompe o limite topográfico, gerando uma nova percepção espacial, colocando o espectador diretamente dentro da cena, potencializando-a com um solo permeável. Com orientação norte-sul, a passarela constitui o final do traçado. Ao longo do caminho, a passarela era um elemento "para ser visto". Agora, o transeunte, situado sobre ela, contempla o pôr do sol e as privilegiadas vistas da serra oeste de Madri e faz parte da cena. O projeto potencializa o contato direto do ser humano com a natureza, através da reutilização e revalorização de elementos existentes, minimizando o impacto ambiental da proposta e cuidando do entorno natural. Sustentabilidade - Por que não reutilizar os meios-fios que delimitavam o antigo caminho? Um gesto simples que otimiza os recursos naturais e ajuda a dar uma segunda vida aos elementos de concreto. Através deste novo caminho, os visitantes se aproximam das árvores e têm contato direto com os elementos naturais e os novos materiais.
Resumo por pontos. 1. Localização no limite - O projeto está localizado no limite da localidade madrilenha de Brunete, com vistas privilegiadas da serra oeste de Madri. Propõe-se um percurso a partir do qual é possível apreciar o entorno e criar uma nova relação com a natureza. 2. Estudo ambiental: arborização e elementos urbanos - O ponto de partida é um estudo da preexistência, catalogando todos os elementos naturais e artificiais existentes no espaço verde. 3. Trabalho do limite: novos elementos arquitetônicos - são Introduzidos novos elementos arquitetônicos que dialogam com o limite do parque e a preexistência, gerando um percurso de ações para o visitante. ESCULPIR o terreno (degrau), REUTILIZAR a preexistência urbana (peças) e ROMPER o limite topográfico (passarela).
4. Sustentabilidade e economia circular - Ao reutilizar os meios-fios reduzimos o impacto ecológico e revitalizamos a área de intervenção para potencializar o contato direto do ser humano com a natureza. 5. Um percurso pelo limite - O projeto para o Parque de San Juan propõe um percurso pelo limite: uma sucessão de ações em um novo traçado natural. O limite como o final do espaço urbano e o início das vistas para a serra de Madri.